quarta-feira, 24 de março de 2010

O Exercício para dar resultado tem que doer??

Durante uma sessão de treino, é natural que sinta alguma fadiga muscular, mas nunca a ponto de doer. Não deixe que o esforço aplicado durante o exercício físico se torne desconfortável.
A dor é um sinal do
corpo humano que está acontecendo algo de errado. Não se pode confundir
um treinamento bem executado com a sensação de dor. Algumas frases utilizadas no meio
esportivo de caráte
r incentivador do tipo, “se não doer não adianta”, “deixa queimar” ou “se for para
casa sem dor o treino foi fraco”, acabam confundindo alguns praticantes de exercícios físicos.
Vamos separar as
coisas. Existem vários métodos de treinamentos e cada um com características
diferentes. Em alguns o executante experimenta sensações de desconforto global ou localizado.
Esses métodos são utilizados para alcançar objetivos de performance ou para qualidade de vida.
No treinamento de performance ou de competição, o praticante é um atleta que sempre
necessitará melhorar o seu rendimento. Esse grupo trabalha muito perto do limite máx
imo, próximo
de lesões, sensações de cansaço extremo e desconforto durante as sessões de treinamento. Já o
treinamento para qualidade de vida não tem necessidade de tanta adaptação do organismo e logo
as sessões de treinos não precisam ser tão vigorosas.
A dor que um praticante de exercício físico sente na execução ou segundos após uma sessão,
pode ser em função de exaustão pelas reações químicas presentes no processo de contração
muscular. Por isso
é comum experimentar desconforto muscular localizado quando se aumenta a
intensidade do exercício ou quando se prolonga o movimento em repetições. Outro tipo de dor
muito comum nos iniciantes é chamada de dor tardia, em outras palavras “dor do dia s
eguinte” que
muitas vezes é mais intensa no terceiro dia após a execução do exercício. Pesquisadores
concluíram que esse tipo de dor tem relação com o movimento excêntrico, ou seja, a chamada fase
negativa do movimen
to.
Para melhor ilustrar, quando se levanta um copo até altura da boca é a

fase positiva e quando se retorna é fase negativa. Na fase negativa o número de fibras musculares
recrutadas é menor que na fase positiva e além disso, ocorre um maior dano nas estruturas das
fibras e aumento do processo das reações químicas. Essas alterações ativam os sensor
es de dor e
o praticante experim
enta a sensação de desconforto.
Entenda que o processo de melhora da performance ou estética, se dá através da adaptação do
organismo humano. Essa adaptação pode ser alcançada de maneira gradual e segura, afastando
a possibilidade de lesões. Utilizar a dor como parâmetro de um treino eficiente não é um
a boa
estratégia. Muitos f
atores influenciam numa sessão de exercícios físicos e devem ser consideradas
na prescrição e acompanhamento do aluno.